terça-feira, 7 de junho de 2011

Anvisa estende prazo para medicamentos



Agência Nacional de Vigilância Sanitária adiou a proibição da venda de medicamentos usados para emagrecimento até que todas as dúvidas sejam esclarecidas.

A busca pelo físico perfeito é o principal motivo encontrado por mulheres para consumir medicamentos à base de anfetaminas. Esta busca aumentou nos últimos anos pois o efeito do produto é rápido, porém existem outras consequências que afetam diretamente a saúde. Para controlar este índice a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estuda diretrizes regulamentadoras do consumo.

De acordo com a Agência, medicamentos que contém sibutramina e anfetaminas (anfepramona, femproporex e mazindol) devem ser retirados do mercado brasileiro por apresentarem riscos superiores aos seus benefícios.

O tratamento à base destas fórmulas são indicados para pessoas que possuem Índice de Massa Corporal - IMC igual ou superior a 30, explica a endocrinologista Cristiana Alves de Faria. “O maior problema é o tratamento sem critério, ou seja, em muitos casos o paciente se auto medica e muitas vezes não são pessoas obesas”, alerta. 

A auxiliar administrativa, Marcela Scodeller faz uso destes remédios há mais de 10 anos e afirma que os resultados são satisfatórios mas lamenta sofrer algumas consequências negativas. “Meu humor não é o mesmo quando eu tomo. Outra coisa que tenho notado é uma certa tremedeira nas mãos”.

Efeitos colaterais como, irritabilidade, perda de memória, cefaleia, confusão mental, e alucinações são comuns em pessoas sensíveis às fórmulas. Cristiana comenta que já atendeu pacientes que sofreram muito com estes efeitos. “Elas afirmam que o estado de irritabilidade é comparado a uma forte TPM que dura o mês inteiro. Existem formas mais saudáveis de emagrecer”.

Uma das farmácias de manipulação de Pouso Alegre recebe do total dos seus pedidos cerca de 20% em receitas de medicamentos para emagrecer. Porém, a responsável afirma que só realiza a produção com base na legislação, ou seja, retendo a receita emitida pelo médico. 
 
A supervisora de vendas, Alessandra Salles diz utilizar medicamentos para controlar o apetite, mas que sempre busca recomendações médicas. “Quando percebo que estou um pouco acima do peso, procuro agendar um horário para ir ao médico e então ele me encaminha também para a nutricionista”. Cristiana considera que pacientes assim alcançam o objetivo com mais facilidade mantendo a saúde. 

Matéria publicada no Jornal do Estado.

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